#espetáculo

#serviço educativo

#instalação

árvore, é uma nova criação artística que na sua génese definiu explorar 3 componentes: espetáculo, serviço educativo e instalação.

Como ponto de partida semeamos e deixamos crescer a árvore que se assume como objeto cénico principal.

O desenho que dá forma a esta árvore é um tronco hexagonal que consoante vai crescendo em altura vai-se quebrando sobre si mesmo e estreitando até chegar ao topo. Deste elemento nascem os ramos, formados por trapézios alongados e sobrepostos em continuidade com as formas geométricas definidas pelas faces do tronco.

A árvore só pela sua envergadura, com cerca de 7m de altura, é um elemento que se destaca pela sua estética e imponência cénica.

Um dos seus ramos suporta um baloiço. As 'folhas', escondem frutos, que através de um sistema mecânico crescem automaticamente.

Foi assim, com todos estes elementos, que criamos um espetáculo de Teatro de Rua, muldisciplinar em que o elemento cénico principal funciona como instalação artística, antes, entre e depois dos espetáculos e que nos possibilitou também trabalhar o serviço educativo,

A residência artística efetuada em Águeda e em espaço público durante os meses de junho e julho de 2018, permiu à comunidade acompanhar todo o processo criativo que culminou com apresentação do espetáculo.

 

 

#espetáculo

 

memória descritiva

Quando fomos desafiados para criar um espetáculo que fosse acolhido por esta árvore, hesitámos entre a criação de uma narrava simbólica ou concreta, entre a ulização deste objeto como cenário ou mera ilustração.

Sentimos, desde logo pela premissa de que partimos, que teríamos que comunicar com aquela árvore e acrescentar-lhe diferentes sentidos e torná-la lugar presente, habitado e vivido.

Estas dúvidas estão reflectidas no próprio espetáculo que está construído dramaturgicamente a partir do mal-entendido: não sendo aquele cenário que os atores esperavam cria-se a "narrava" de que terão que improvisar todo um outro espetáculo sobre uma árvore.

Resolvido o "problema inicial" avançam para a construção de uma série de situações que têm como referente comum a árvore, física ou simbólica e que fazem parte do nosso imaginário comum.

A estas árvores património – a árvore onde Buda atingiu a iluminação e a árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, juntam-se as árvores dos poetas Rui Belo e Manoel de Barros e as árvores da vida de cada um que nos dão abrigo, apoio e vida.

Tudo se sucede de uma forma não narrativa e com um equilíbrio entre os vários momentos, passando do humor à poesia, à música e à dança de uma forma contínua e fluida.

À sombra daquela árvore e através das linhas apresentadas refletimos também sobre o trabalho do ator e o seu espaço, numa enorme proximidade com os espectadores que também são convocados para entrar em cena e ajudar a resolver alguns dos problemas que se apresentam.

Tudo termina como na Bíblia, expulsos do paraíso, expulsos daquela árvore, continuamos o caminho, partindo à procura de outros espaços e outros públicos.

 

 

sinopse

Um Objeto. Uma árvore? Uma construção em madeira?

Três pessoas: quem são? O que procuram?

Que encontros se escondem neste espaço? Tudo se desenrola como um livro de possibilidades, onde os capítulos se misturam e releem de forma não linear e escapando às narravas tradicionais.

Um Objeto. Uma Árvore.

Árvore/Fruto? Ou Árvore/ Símbolo?

Será sempre a mesma sombra abrigo, o mesmo espaço entre os ramos que nos ilumina, as mesmas tábuas que nos sepultam? O que vale uma árvore?

Símbolo da vida ou casa de pássaros? O que é uma árvore?

 

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ficha técnica e artística

Direção Executiva: Alberto Castelo

Criação e Interpretação: Jorge Loureiro, Leonor Barata e Ricardo Falcão

Sonoplastia: com parcipação de João Pratas e Söll

Duração: 45m (aprox.)

Estruturas, mecanismos e logística: Marco Cardoso e Paulo Garim

Vídeo: Digital Frame

Fotografia: Carlos Claro

 

 

#serviço educativo

 

proposta #1

Proposições para Pássaros e Árvores

Numa deambulação pelas ruas da cidade, um grupo de mediadores segue em busca de proposições para pássaros e árvores perdidas, escondidas, secretas, reveladoras.

Abordam pessoas na missão de as encontrar. Pessoas de todos os tamanhos e feitios, novos e velhos, atarefados e contemplativos. Param o tempo incentivando a olhar em volta e sentir o pássaro e árvore que ali habitam.

Verbalizamos, gravamos, misturamos e instalamos estas proposições em loop na nossa Árvore. Para visitar e revisitar no período de exposição/instalação.

Para todos os públicos
2h de deambulação em turnos de manhã ou tarde
nº de participantes: variável em função da orgânica das cidades e públicos abordados

 

proposta #2

Desenhos (e poemas) para pássaros e outros seres voadores

As árvores servem para colocar baloiços e voar. No entanto, nos intervalos destes voos também elas são casas. Casa abrigo onde habitam muitos seres vivos.

Através da exploração de várias técnicas do desenho em papel (que vem das árvores) e outros suportes, vamos olhar a árvore e imaginar que seres são esses que lá habitam e representá-los através do gesto.

1º ciclo ao 3º ciclo (adaptável ao secundário e sénior)
grupos de 10 a 15 participantes idealmente (20 máx.)
duração - 1h30

Este atelier pode ser desenvolvido com o complemento de dança e/ou de Escrita Criativa.
Estes poemas poderão ser expostos na árvore ou mesmo dar origem a pequenos livros de poemas, de edição caseira, usando métodos tradicionais de gravura/gráfica.

 

proposta #3

Ensaio para voo

As árvores têm raízes profundas e por isso chegam quase ao céu com os seus ramos. “Os pássaros nascem nas árvores” e ensaiam os seus voos para o infinito, sabendo que às árvores podem voltar.

Também nós ensaiaremos o nosso voo. Cada um ao seu tempo. Cada um com o seu ritmo.

Encontrar os movimentos de cada um que permitam essa vertigem. Como poderemos voar de pés no chão.

Como articular esse movimento com o desafio de criar proposições para pássaros e árvores?

Como dançar frases e escrever danças?

Tudo isto à sombra da árvore.

1º ciclo ao 3º ciclo (adaptável ao secundário e sénior)
grupos de 10 a 15 participantes idealmente (20 máx.)
duração: 1h30

 

ficha técnica

Conceção e dinamização: Leonor Barata e Ricardo Falcão.

 

 

#instalação

 

A árvore, que na sua parte visível revela e remete-nos para um lado orgânico, simples, descomprometido e poético, esconde um emaranhado de mecanismos dependentes de compressores de ar, tubos de ar comprimido, 'raccord's', redutores, adaptadores, baterias, controladores de carga, relógios programáveis, energia solar, cabos elétricos, ligadores, tubos de iluminação LED, sensores de aproximação, sistema de som interativo, e uma série de outras terminologias perfeitamente dispensáveis, mas que em jeito de fotossíntese aporta o oxigénio ao objeto enquanto exposição/instalação e lhe permite a sua individualidade.

O período em que decorrem as montagens de toda a estrutura e mecanismos, revela-se logo como catalisador de atenção e provocador de interrogações, não deixando indiferente quem passa.

São dois dias de trabalho progressivo que transforma e modela o espaço público lançando o convite à comunidade para 'o descobrir' do que se segue.

Na realidade o momento de exposição/instalação percorre todo o tempo que vai desde o início da ocupação do espaço público onde semeamos e fazemos crescer a árvore até ao término dos trabalhos, deixando o solo preparado para outras sementeiras.

Dos ramos da árvore crescem ciclicamente frutos, representados por balões, que lançam ao vento letras, palavras e frases imaginárias.

Para 'dar voz' à nossa árvore, instalamos um sistema de som interativo que responde por aproximação ou por ação mecânica.

Este sistema pode funcionar em modo de aproximação, que ativado em determinado ponto surpreende os visitantes sussurrando trechos de poemas (retirados do espetáculo) ou então programado como suporte à proposta educativa/mediação "Proposições para Pássaros e Árvores", disparando em loop os resultados finais da oficina.

Os trechos de poemas podem também ser 'sussurrados' pela ação mecânica resultante do desprender de um poema impresso em papel, agrupado em bloco e disponível a todos os contempladores desta árvore.

 

 

o processo construtivo/criativo

Todo o trabalho desenvolvido enquanto conceito de exposição/instalação da árvore, foi realizado sob a premissa de conseguir 'dar vida' a um objeto, que apesar da sua beleza escultural e funcionalidade enquanto elemento cénico de um espetáculo, poderia contrariar a natureza daquilo que representa.

E sempre desafiados pela beleza e imponência desta obra acrescentámos:

  • A instalação elétrica, para que a árvore tivesse iluminação própria fruto de tubos LED, que automaticamente se manifestam ao lusco-fusco e se despedem com a aurora;
  • Um mecanismo formado por um sistema de ar comprimido e bombas de vácuo que acionados por relógios programáveis permite que os balões sejam automaticamente insuflados e desinflados;
  • Um sistema de som interativo que responde por aproximação ou por ação mecânica, permitindo a exploração da interatividade/relação do objeto com as pessoas e interatividade/reação das pessoas com o objeto, proporcionando assim uma experiência sensorial a todos aqueles predispostos a uma maior intimidade com a árvore.

Não menos importante será realçar que tudo isto é feito com recurso a energias limpas e renováveis permitindo assim uma autonomia total da exposição/instalação árvore.

 

 

 

ficha técnica

Direção Executiva: Alberto Castelo

Apoio técnico estrutura base: FAHR 021.3

Desenvolvimento de estruturas adjacentes, mecanismos e logística: Alberto Castelo, Marco Cardoso e Paulo Garim

Iluminação LED: Lightenjin

Consultadoria e apoio técnico mecanismos: Hélder Ferreira

Apoio técnico sistema de som interativo: Gustavo Silva

Website criado com ♥ por: provider.pt | web artisans

 

 

contactos

1bigo | produções culturais

Alberto Castelo

alberto.castelo@1bigo.info

[+351] 917 563 254

facebook.com/arvorept

 

 

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